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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Que Leves contigo tudo que fizestes

nunca me deixaste te amar
nunca me deixaste me entregar
agora que chegou ao fim resta à dúvida
um ponto de interrogação
inacabado ao terminar

mas que dúvida?
se a questão já foi encerrada
de um ponto a outro da ultima frase
eu te digo que li as entrelinhas
e entre linhas fiquei acabada

gritei socorro, chorei
ninguém podia me ajudar
tentei correr, mas não sabia pra onde
tentei me esconder, não sabia onde
do coração tentaste me matar

não quero te desapontar,
não sei se isso farias também
mas todos sempre acham outra pessoa
que lhe mereça verdadeiramente, talvez por um tempo
nosso coração não pertence à um só alguém

e quando eu estive aí
aí do teu lado te fazendo sorrir
não soubeste dar teu amor, e me sorrir de volta
e não há nada melhor que amores cruzados
não foi a primeira vez que me decepcionei ao partir

da forma mais simples e singela
à forma mais complicada e embaraçosa
não soubeste contornar, não soubeste me amar
podias ter sido uma pessoa melhor
livre de rancores, menos medrosa

sempre quis saber o quanto me amavas
mas nunca te disse mesmo o quanto te queria
a carta que nunca te entreguei
as poesias feitas pra ti hoje já não serviriam
o meu próprio medo de te agradar me conduzia

cada um sabe o que é bom e o melhor
mas um minuto pra pensar não te custa
sofrer tanto e mentir pra si não vai resolver
acabar o que poderia ter sido a nosso favor
te deixa numa situação não muito justa

mas não precisa dizer que vais voltar
porque já vi realmente o que queres de mim
ainda habitas meus pensamentos
só não quero mais viver algo que não me faz bem
que as tuas atitudes deram o fim

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