Powered By Blogger

Pesquisar este blog

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Se ainda existir amor...

O que eu não sei e não consigo entender
Se é ou não nada mais que um sentimento de posse
se foi isso que tanto sofrimento me causou
se esse foi o resultado de tanta desordem, frieza e desamor
resta-me saber se apenas te quero
ou se ainda te amo
se é costume
ou se me escondo embaixo do pano
porque às vezes sinto que estou presa a ti
mais que um bandido nas algemas velhas
que só trazem calos e dor
mais que um fumante no seu vicio compulsivo
de querer a cada minuto algo que não lhe faz bem
No mentiroso que está preso em suas ilusões, mentiras
tão falsas sem poder desenrolá-las
No pecador que esconde a mão após o tapa
para que ninguém desconfie de que o pecado nada mais é
do que amar sem amor

Inotável

Hoje saí na rua
e a rua não me seguiu
nenhum mísero cachorro latiu em minha direção
os ventos e os olhares se desviavam
deixando-me inotávelmente sem importância
certamente sentiam a dor que habita meu coração
Os furos, já obscuros que se alastram a cada lágrima
essas mesmas lágrimas, ácidas, que corroem todo meu corpo
me levam a acreditar que me deixaram transparente
uma fantasia talvez, um abismo sem recomeço
que de tanto chorar, agora sou invisível
indiferente ou inexistente

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

última vida


Quantas vidas já existiram
um primeiro suspiro
o último olhar
o primeiro colo
o último abraço,
o primeiro amor
o ultimo beijo

Quantas já viveram tudo isso;
o primeiro passo
o último risco
a primeira facada
o último rancor
a primeira solidão
a última esperança

Quantas lamentam não viver
os primeiros momentos marcantes
os últimos momentos felizes
a primeira música
a última sonata
o primeiro romance
a última paixão

até que a morte nos separe
até que a vida nos una,
até que as brigas nos distancie
até que o perdão,
há o perdão...

A vida,que grande presente é esse
que tantos já receberam
misterioso e diferente
a cada um,
uns eternos,outros em segundos
usufruíram o primeiro suspiro
o último olhar,
No tempo e espaço.

Sem sentido então?
Não,depois de tantos erros
e vitórias
não mais choram
apenas aprendem a viver
até o último dos últimos
como este que escrevo;
vida após vida
só mais uma vida.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sempre

o tempo vai mostrar
como foi bom sorrir
mas como foi ótimo também chorar

e quando eu esquecer
quando estiver perdida no espaço
tudo me fará lembrar
do amor que unia este laço

e mesmo que o tempo mude
e que o amor não esteja mais tão profundo
lembremos que o passado exigiu garra e atitude
para abrir as portas para o mundo

e mesmo que não adiante em nada se lamentar
e que o castelo ameace a desabar
vou guardá-los para sempre
serei a delatora de nossos dramas e contos de fada

Dedico aos meus amigos e digo que vou sentir muita saudade dos momentos que passamos.